Arma contra doença

As grandes armas da medicina para enfrentar o Parkinson são os medicamentos e os procedimentos cirúrgicos. Além do tratamento multidisciplinar, com o uso da fisioterapia que possibilita maior independência ao doente melhorando o quadro motor e funcional como um todo. É essencial a inclusão de outras áreas, tais como: nutrição, psicologia, fonoaudiologia que envolvem exercícios para melhorar a região da face que engloba a voz, respiração e as articulações.

O Levodopa ou L-Dopa é o medicamento mais eficaz no tratamento da doença. A droga se transforma em dopamina no cérebro e supre parcialmente a falta do neurotransmissor destruído. Porém os médicos advertem que o uso prolongado de tais remédios pode ocasionar reações, como movimentos involuntários e anormais. É essencial enfatizar que todos os portadores de Parkinson têm direito de receber gratuitamente pelo Serviço Único de Saúde (SUS) todos os medicamentos.

Outro tipo de tratamento já disponível no Brasil é a estimulação cerebral através do uso do marcapasso, considerado benéfico para reduzir o tremor decorrente da doença. Apesar da eficiência já comprovada do procedimento, é algo inacessível para a maior parte da população devido ao seu alto custo.

Convivendo com o Parkinson há dezesseis anos, o ator e diretor Paulo José é um exemplo a ser seguido e admirado.

A poucos tempo fazendo uso de um marcapasso, ele conta que encara a doença sem medo e vergonha. ´Muitas pessoas com Parkinson se sentem liquidadas, sentem vergonha. Eu não, eu quero viver e quero que elas vivam também´.

Paulo José fala que por conta da doença ele poderia ter abandonado a carreira já que um dos sintomas é a rigidez facial (essencial para expressar as emoções), mas ele não desistiu e seguiu em frente. ´Eu faço tudo, não deixei de trabalhar, não deixei de viver! Mas também não esqueço de tomar os remédios e de praticar atividades físicas regularmente´. O ator é padrinho da Campanha ´Juntos, Vencendo o Parkinson´ lançada este mês, em São Paulo, uma iniciativa conjunta da ABN e da ABP, com apoio do Laboratório Boehringer Ingelheim. O objetivo é alertar a população para a importância do diagnóstico e tratamento do Parkinson. Progressos na compreensão da causa e dos mecanismos envolvidos permitirão no futuro cessar ou até mesmo reverter o curso progressivo desta doença. 

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